quinta-feira, 26 de abril de 2012

E aquela sala de um sobrado antigo hoje a tarde me fez pensar. Eu estava ali sentada, um piano, dois quadros e um lobo de madeira me faziam companhia, uma lâmpada enconomica dividia comigo a unica modernidade da sala. Imaginei as sinhás que viveram ali, sentadas olhando a rua que não adiquiriu tanto movimento, as mucamas que andavam de um lado para o outro e os senhores que reinavam na época. Hoje, quem passa de um lado para o outro é o cara simpatico da recepção que me dirige um sorriso timido toda vez que passa pela sala.
E eu ali, o sol entrava e batia diretamente no piano, as senhoras da outra sala discutiam, eu tentava acalmar a discussão que estava dentro de mim.
Não é fácil quando vc não se permite determinadas coisas. Seria mais fácil eu chutar o balde, soltar tudo que esta represado aqui dentro, chorar, espernear e definir isso tudo que se passa. Mas não. Eu tenho uma pilha de resenhas pra fazer, textos me esperando para serem lidos e outros para serem feitos. Tantas coisas devem tampar o buraco do estomago e aquietar a mente, o coração. O problema é que isso nao acontece.. e eu me pego tentando descobrir coisas que talvez uma parte de mim queira que seja mentira e invenção da minha mente desconfiada.
Bom, eu fui atentida e deu minha hora de ir embora e deixar aquela sala do sobrado antigo,meu tenis faz barulho no assoalho velho, a rua me abraça com um vento que bagunça meu cabelo... tudo esta tão bagunçado.
Tão bagunçado.

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